O que são e quais são as etapas fenológicas ou fases de desenvolvimento nas plantas.

As etapas fenológicas das plantas são os diferentes momentos ou fases que atravessam durante seu ciclo de vida em resposta a mudanças ambientais, especialmente relacionadas ao clima. Essas etapas podem incluir germinação, desenvolvimento vegetativo, floração, frutificação e maturação dos frutos. A fenologia é importante para entender como as plantas respondem ao seu ambiente e para otimizar práticas agrícolas como plantio, colheita e manejo de pragas e doenças.

O que é uma etapa fenológica ou fase de desenvolvimento em plantas?

Uma etapa fenológica de uma planta é uma fase específica em seu ciclo de vida caracterizada por mudanças discerníveis e previsíveis em seu desenvolvimento e fenótipo em resposta a fatores ambientais como temperatura, luz, umidade e disponibilidade de água e nutrientes. Essas etapas são fundamentais para compreender e gerenciar eficazmente cultivos e ecossistemas.

O que envolve uma etapa fenológica ou fase de desenvolvimento?

1. Identificação e descrição

    Cada etapa fenológica é identificada e descrita por critérios observáveis e mensuráveis. Isso pode incluir características como o surgimento de estruturas vegetativas (folhas, brotos), floração, desenvolvimento de frutos, mudança de cor ou maturação.

    2. Duração e sequência

    Cada etapa fenológica tem uma duração característica que pode variar de acordo com a espécie vegetal, as condições climáticas e a localização geográfica. Além disso, essas etapas seguem uma sequência previsível e ordenada ao longo do tempo, embora a duração e o momento de cada etapa possam variar de um ano para outro devido às condições ambientais.

    3. Fatores desencadeantes

    As etapas fenológicas são influenciadas por uma combinação de fatores internos e externos. Os fatores internos incluem a genética da planta e sua fisiologia, enquanto os fatores externos podem incluir temperatura, luz, umidade do solo, disponibilidade de água e nutrientes e duração do dia. A interação entre esses fatores desencadeia a transição de uma etapa para outra.

    4. Monitoramento e registro

    É importante monitorar e registrar as etapas fenológicas ao longo do ciclo de vida da planta. Isso pode ser feito por meio de observações diretas no campo, acompanhamento de indicadores fenológicos como temperatura do ar ou uso de modelos fenológicos baseados em dados meteorológicos e observações históricas.

    5. Aplicações práticas

    O conhecimento das etapas fenológicas é fundamental para o planejamento e gerenciamento agrícola. Isso permite otimizar o agendamento de atividades como plantio, aplicação de fertilizantes e pesticidas, irrigação e colheita. Também é importante para prever e mitigar os riscos associados a eventos climáticos adversos, como geadas tardias ou secas durante estágios críticos do desenvolvimento da planta.

    Lista das etapas fenológicas ou fase de desenvolvimento

    Aqui está uma lista abrangente das etapas fenológicas que podem ser encontradas em várias culturas ou plantas:

    Dormência

    Período de inatividade fisiológica antes do início do crescimento ativo, comum em árvores frutíferas de clima temperado.

    A dormência é um estado fisiológico em que as plantas interrompem temporariamente seu crescimento e desenvolvimento ativos, em resposta a condições ambientais desfavoráveis ou para sincronizar seu ciclo de vida com o ambiente. Durante a dormência, as plantas podem estar em repouso metabólico, o que lhes permite conservar energia e sobreviver em condições adversas.

    Existem vários tipos de dormência em plantas, cada um adaptado a diferentes fatores ambientais e necessidades da planta:

    1. Dormência de sementes: Muitas sementes entram em estado de dormência antes de germinar. Isso pode ser causado por fatores como falta de luz, temperaturas extremas ou presença de inibidores químicos na semente. A dormência das sementes ajuda a garantir que a germinação ocorra em um momento e local ótimos para a sobrevivência da planta.
    2. A dormência de gemas é um processo pelo qual as gemas das plantas entram em um estado de inatividade temporária durante o inverno para se protegerem do frio extremo. Durante esse período, as gemas permanecem em um estado de dormência, evitando desenvolvimento prematuro e possíveis danos causados pelo congelamento.

      Existem vários tipos de dormência em plantas, cada um adaptado a diferentes condições ambientais e necessidades da planta:

      • Dormência de sementes: Muitas sementes entram em dormência antes de germinar, ajudando a garantir que a germinação ocorra em condições ótimas para a sobrevivência da planta.
      • Dormência de gemas: Durante o inverno, as gemas das plantas podem entrar em dormência para proteção contra o frio extremo, evitando desenvolvimento prematuro e danos causados pelo congelamento.
      • Dormência de brotos: Algumas plantas perenes, como árvores frutíferas, podem entrar em dormência de brotos no inverno para conservar energia e proteger-se do frio.
      • Dormência de bulbos e tubérculos: Bulbos e tubérculos, como os de tulipas ou batatas, podem entrar em dormência durante o inverno para proteger-se do frio e da dessecação.

      A superação da dormência nas plantas pode exigir estímulos ambientais específicos, como mudanças na temperatura, duração do dia, disponibilidade de água ou aplicação de tratamentos químicos. Uma vez que as condições são adequadas, as plantas podem sair do estado de dormência e retomar seu crescimento e desenvolvimento ativos. A capacidade das plantas de entrar e sair da dormência é uma adaptação importante que lhes permite sobreviver em uma variedade de condições ambientais.

      Aqui estão mais detalhes sobre a brotação:

      • Estímulo para brotação: A brotação geralmente é desencadeada pelo aumento da temperatura e duração do dia que ocorre com a chegada da primavera.
      • Origem dos brotos: Os brotos podem surgir de diferentes tipos de gemas, incluindo gemas terminais, axilares, adventícias ou basais.
      • Tipos de brotos: Os brotos podem ser vegetativos, dando origem a folhas e caules, ou florais, eventualmente produzindo flores e frutos.
      • Padrões de brotação: A brotação pode ocorrer de forma sincrônica em toda a planta ou de forma assincrônica, com certas partes da planta brotando antes de outras.
      • Importância agronômica: A brotação marca o início da temporada de crescimento e é crucial para práticas agrícolas como a poda, irrigação e aplicação de fertilizantes.
      • Riscos para a brotação: A brotação precoce pode expor as plantas ao risco de danos por geadas tardias, enquanto a brotação tardia pode reduzir o tempo disponível para o crescimento antes da chegada do calor do verão.

      O desenvolvimento de folhas é uma etapa fenológica crucial no ciclo de vida das plantas, durante a qual as estruturas foliares se formam e expandem para realizar a fotossíntese e outras funções vitais. Aqui estão mais detalhes sobre esse processo :

      • Início do desenvolvimento: O desenvolvimento das folhas começa com a emergência das primeiras gemas foliares.
      • Expansão celular: As células dentro da folha se dividem e se expandem para aumentar seu tamanho.
      • Diferenciação de tecidos: Durante o desenvolvimento das folhas, as células dos diferentes tecidos foliares se diferenciam e se especializam.
      • Formação de estruturas foliares: Durante o desenvolvimento das folhas, estruturas como o limbo foliar, pecíolo e nervura se formam.
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      O desenvolvimento das raízes é um processo essencial no ciclo de vida das plantas, onde as raízes passam por crescimento e diferenciação estrutural para facilitar a absorção de água e nutrientes do solo, fornecer ancoragem e suporte à planta, e em algumas espécies, armazenar nutrientes. Aqui estão mais detalhes sobre esse processo:

      1. Germinação e formação da raiz primária: O desenvolvimento das raízes começa com a germinação da semente e a formação da raiz primária, que emerge do embrião da planta e penetra no solo em busca de água e nutrientes.
      2. Ramificação e formação de raízes secundárias: Conforme a raiz primária cresce, raízes secundárias são formadas a partir da periferia da raiz primária em um processo conhecido como ramificação. Essas raízes secundárias aumentam a superfície de absorção da planta e exploram uma área mais ampla do solo em busca de recursos.
      3. Diferenciação de tecidos: Durante o desenvolvimento das raízes, as células meristemáticas nas pontas das raízes se diferenciam em diferentes tipos de tecidos especializados, como xilema e floema para o transporte de água e nutrientes, parênquima para o armazenamento de nutrientes, e tecido epidérmico para a absorção de água e proteção.
      4. Formação de pelos radiculares: Na zona de crescimento das raízes, pelos radiculares se desenvolvem, estruturas microscópicas na superfície das raízes que aumentam a superfície de absorção da planta e melhoram a capacidade da raiz para captar água e nutrientes do solo.
      5. Interação simbiótica: Algumas plantas formam associações simbióticas com fungos micorrízicos nas raízes, aumentando a capacidade da planta para absorver nutrientes, especialmente fósforo e micronutrientes, do solo. Outros tipos de bactérias podem formar nódulos nas raízes de plantas leguminosas, como feijões e favas, fixando nitrogênio atmosférico para uso pela planta.
      6. Regulação do crescimento: O crescimento das raízes é regulado por uma variedade de fatores, incluindo hormônios vegetais como auxinas, disponibilidade de água e nutrientes, temperatura do solo e estrutura do solo. Esses fatores podem influenciar a taxa e direção do crescimento das raízes, bem como a formação de estruturas especializadas.

      Floração masculina/feminina

      Produção de flores com órgãos reprodutivos masculinos (estames) ou femininos (pistilos).

      A floração masculina e feminina, também conhecida como antese masculina e antese feminina, respectivamente, são estágios fenológicos chave no ciclo reprodutivo das plantas com flores (angiospermas). Durante esses estágios, as plantas produzem flores com órgãos sexuais masculinos (estames) ou femininos (carpelos), permitindo-lhes reproduzir-se sexualmente através da polinização. Aqui estão mais detalhes sobre a floração masculina e feminina:

      Floração masculina (Antese masculina):

      1. Produção de flores masculinas: Durante a floração masculina, a planta produz flores que contêm órgãos sexuais masculinos chamados estames.
      2. Estrutura da flor masculina: Cada estame consiste em um filamento fino que sustenta uma antera, onde os grãos de pólen são produzidos e liberados.
      3. Desenvolvimento do pólen: Durante a antese masculina, os grãos de pólen amadurecem nas anteras e estão prontos para serem dispersos para a polinização.
      4. Função reprodutiva: O pólen liberado durante a floração masculina pode ser transportado pelo vento, insetos, aves ou outros meios até as flores femininas para a polin ização e formação de sementes.

      Floração feminina (Antese feminina):

      1. Produção de flores femininas: Durante a floração feminina, a planta produz flores que contêm órgãos sexuais femininos chamados carpelos.
      2. Estrutura da flor feminina: Cada carpelo consiste em um ovário que contém óvulos, um estilo que conecta o ovário ao estigma receptivo e um estigma que recebe o pólen.
      3. Recepção de pólen: Durante a antese feminina, o estigma está receptivo para capturar o pólen transportado de flores masculinas.
      4. Fertilização e formação de sementes: Se a polinização for bem-sucedida, o pólen germina no estigma e o tubo polínico cresce através do estilo até alcançar os óvulos no ovário, onde ocorre a fertilização e formação das sementes.

      É importante destacar que, em algumas espécies de plantas, uma flor pode conter tanto órgãos sexuais masculinos quanto femininos (flores hermafroditas), enquanto em outras espécies, as flores são unissexuais e são produzidas em plantas separadas (plantas dióicas). A coordenação precisa entre a floração masculina e feminina é essencial para o sucesso reprodutivo das plantas com flores e para a produção de descendência viável.

      Polinização

      Transferência de pólen dos estames para os carpelos.

      A polinização é um processo crucial na reprodução das plantas com flores (angiospermas), onde o pólen é transferido dos órgãos reprodutivos masculinos de uma flor (estames) para os órgãos reprodutivos femininos (carpelos) da mesma flor ou de outra flor compatível. Aqui estão mais detalhes sobre a polinização:

      1. Agentes polinizadores: Os agentes polinizadores podem incluir insetos (como abelhas, borboletas, mariposas e besouros), aves (como beija-flores), mamíferos (como morcegos) e fatores abióticos como vento, água e gravidade. Cada tipo de polinizador tem suas próprias características e preferências, e algumas plantas dependem de polinizadores específicos para realizar a polinização.
      2. Tipos de polinização:
        • Polinização entomófila: Realizada por insetos como abelhas, borboletas e besouros.
        • Polinização ornitófila: Realizada por aves, principalmente beija-flores.
        • Polinização quiropterófila: Realizada por morcegos.
        • Polinização anemófila: Realizada pelo vento.
        • Polinização hidrófila: Realizada pela água.
        • Polinização autógena: Realizada pela própria planta, sem a ajuda de agentes externos.
      3. Mecanismos de polinização:
        • Polinização zoófila: Nesse tipo de polinização, os animais transportam o pólen de uma flor para outra enquanto procuram alimento ou abrigo.
        • Polinização anemófila: Nesse tipo de polinização, o pólen é transportado pelo vento das anteras de uma flor para os estigmas de outra.
        • Polinização autógena: Nesse tipo de polinização, o pólen é transferido para os estigmas da mesma flor ou de outra flor na mesma planta.
      4. Importância da polinização: A polinização é um processo fundamental para a reprodução sexual de muitas plantas com flores e é crucial para a produção de frutas, sementes e outros produtos agrícolas. Além disso, a polinização contribui para a diversidade genética das populações de plantas e é essencial para manter a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas.
      5. Processo de polinização: O processo de polin ização envolve várias etapas, incluindo a transferência do pólen das anteras da flor masculina para os estigmas da flor feminina, a germinação do pólen no estigma, o crescimento do tubo polínico através do estilo em direção aos óvulos no ovário e, finalmente, a fertilização do óvulo para formar a semente.

      Início da formação de frutos

      Após a polinização, o início da formação de frutos ocorre a partir do ovário da flor.

      O início da formação de frutos é uma etapa crítica no ciclo de vida das plantas com flores, onde o ovário fecundado começa a se desenvolver e se transformar em um fruto maduro que contém as sementes. Aqui estão mais detalhes sobre esse processo:

      1. Fertilização: O início da formação de frutos ocorre depois que a polinização bem-sucedida da flor. Durante a polinização, o pólen transferido dos estames de uma flor é depositado no estigma receptivo de outra flor compatível, levando à germinação do pólen e ao crescimento do tubo polínico em direção aos óvulos no ovário.
      2. Desenvolvimento do ovário: Após a fertilização, o ovário da flor começa a se desenvolver e crescer. As células do ovário se dividem e se expandem para formar a estrutura do fruto que envolverá as sementes.
      3. Transformação do ovário em fruto: Durante o desenvolvimento do ovário, ocorrem mudanças morfológicas e bioquímicas que transformam a estrutura floral em um fruto maduro. Isso pode envolver a formação de tecidos adicionais, como o pericarpo, que envolve as sementes e fornece proteção e suporte para o desenvolvimento das sementes.
      4. Crescimento do fruto: À medida que o fruto continua a se desenvolver, pode experimentar um crescimento adicional em tamanho e peso à medida que as células se expandem e acumulam água, açúcares e outros nutrientes. O crescimento do fruto pode ser regulado por fatores como disponibilidade de água, nutrientes, temperatura e atividade hormonal da planta.
      5. Maduração do fruto: Uma vez que o fruto atingiu seu tamanho máximo, começa o processo de maturação, durante o qual os tecidos do fruto passam por mudanças bioquímicas e fisiológicas que afetam seu sabor, cor, textura e composição nutricional. A maturação do fruto pode estar associada à degradação de compostos como o amido em açúcares simples e à acumulação de pigmentos responsáveis pela cor característica do fruto.
      6. Dispersão de sementes: Após a maturação do fruto, as sementes estão prontas para serem dispersas no ambiente circundante, onde podem germinar e estabelecer novas plantas. A dispersão de sementes pode ocorrer por meio de uma variedade de mecanismos, incluindo vento, água, animais e gravidade.

      Desenvolvimento de frutos

      Crescimento e maturação dos frutos.

    3. Produção de etileno: O etileno é um hormônio vegetal que desempenha um papel importante na regulação da abscisão foliar. Durante a senescência das folhas, as células da folha podem produzir e liberar etileno, o que induz a ativação de enzimas que degradam a parede celular e facilitam a separação da folha do caule.
    4. Fatores externos:
      • Mudanças sazonais: Em muitas espécies de plantas, a queda de folhas está associada a mudanças sazonais na temperatura e na duração do dia. Por exemplo, em climas temperados, as plantas podem perder suas folhas durante o outono como parte de sua preparação para o inverno.
      • Condições ambientais adversas: A queda de folhas também pode ser induzida por condições ambientais adversas, como seca, calor extremo, frio intenso, geadas, ventos fortes ou danos por insetos e doenças. Esses fatores podem estressar a planta e causar a abscisão prematura das folhas como uma forma de conservar recursos e se proteger.
      • Infecções: Infecções por patógenos, como fungos, bactérias ou vírus, podem causar danos às folhas e desencadear a abscisão foliar como parte da resposta de defesa da planta.
    5. Mecanismo de abscisão:
      • A abscisão foliar envolve a ativação de uma camada de células especializadas chamada zona de abscisão, localizada na base do pecíolo da folha.
      • Durante a senescência, as células da zona de abscisão enfraquecem e se separam, formando uma camada de células fracas chamada camada de abscisão.
      • Quando as células da camada de abscisão se rompem, a folha se separa do caule e cai ao chão. Esse processo é facilitado pela ação do vento e da gravidade.

    Senescência

    Envelhecimento e eventual morte das partes vegetativas da planta.

    A senescência é o processo biológico de envelhecimento que ocorre nas células, tecidos, órgãos e organismos vivos. No contexto das plantas, a senescência refere-se ao processo de envelhecimento e declínio das estruturas vegetais, como folhas, caules, flores e raízes. Aqui estão mais detalhes sobre a senescência nas plantas:

    1. Início e desenvolvimento:
      • A senescência pode ser programada geneticamente e/ou induzida por fatores ambientais.
      • Nas plantas, a senescência pode ser parte do ciclo natural de crescimento e desenvolvimento, como a senescência foliar que ocorre no outono, ou pode ser induzida por estresse, dano mecânico, patógenos, seca, entre outros fatores.
    2. Mudanças morfológicas:
      • Durante a senescência, as células e tecidos podem experimentar mudanças morfológicas visíveis, como descoloração das folhas, amarelamento, murcha e decomposição.
      • Nas folhas, a senescência pode ser acompanhada pela degradação da clorofila, perda de turgidez e acumulação de pigmentos como carotenoides e antocianinas.
    3. Mudanças bioquímicas e fisiológicas:
      • A nível bioquímico, a senescência envolve a ativação de vias metabólicas específicas que levam à degradação de macromoléculas como proteínas, lipídios e ácidos nucleicos.
      • Durante a senescência, ocorrem mudanças na atividade enzimática, acumulação de compostos de armazenamento e redistribuição de nutrientes dos tecidos senescentes para outras partes da planta.
    4. Funções e benefícios:
      • Apesar de ser comumente associada ao declínio e morte celular, a senescência desempenha funções importantes nas plantas.
      • A senescência foliar, por exemplo, permite que as plantas realoquem recursos para outras partes da planta, como raízes e brotos, durante períodos de estresse ou condições adversas.
      • A senescência também pode ser importante para a remoção de tecidos danificados ou infectados, ajudando a planta a conservar recursos e limitar a propagação de patógenos.
    5. Regulação hormonal:
      • A senescência é regulada por uma variedade de hormônios vegetais, incluindo o etileno, o ácido abscísico (ABA), as citocininas e as giberelinas.
      • Esses hormônios interagem para controlar o início, a progressão e a duração da senescência em diferentes tecidos e condições ambientais.

    Colheita

    Período em que as culturas estão prontas para serem colhidas para consumo ou processamento.

    A colheita é o processo de coleta das culturas agrícolas maduras e prontas para comercialização ou consumo. Este processo é crucial na agricultura e representa o ponto culminante do trabalho agrícola. Aqui estão mais detalhes sobre a colheita:

    1. Determinação do momento da colheita:
      • O momento ideal para a colheita varia de acordo com o tipo de cultura e as condições climáticas.
      • Vários fatores devem ser considerados, como o estágio de maturidade das culturas, o teor de umidade, o tamanho, a cor, a textura, o sabor e a qualidade dos produtos.
      • Para algumas culturas, como frutas e hortaliças, são realizados testes de maturação, como pressão da polpa, cor da casca, aroma e doçura, para determinar o momento ideal da colheita.
    2. Métodos de colheita:
      • Os métodos de colheita variam de acordo com o tipo de cultura e as práticas agrícolas. Algumas culturas podem ser colhidas manualmente, enquanto outras podem ser colhidas mecanicamente com equipamentos agrícolas especializados.
      • A colheita manual é comum em culturas como frutas delicadas, hortaliças, ervas e produtos de alto valor, onde são necessários cuidado e precisão.
      • A colheita mecânica é mais comum em culturas em larga escala, como cereais, oleaginosas e leguminosas, onde são utilizadas colheitadeiras, ceifadeiras e outros equipamentos agrícolas para coletar as culturas de forma eficiente.
    3. Armazenamento e processamento:
      • Após a colheita, as culturas podem ser transportadas para instalações de armazenamento ou processamento, onde podem ser classificadas, limpas, embaladas, refrigeradas ou processadas para posterior comercialização ou consumo.
      • O armazenamento adequado é crucial para preservar a qualidade e a frescura dos produtos colhidos. Isso pode envolver o controle de temperatura, umidade e ventilação para evitar a decomposição e o deterioro.
    4. Marketing e distribuição:
      • Depois de colhidos, os produtos agrícolas podem ser comercializados e distribuídos por meio de canais de venda por atacado ou varejo, como mercados locais, supermercados, feiras agrícolas, exportação, entre outros.
      • A embalagem e rotulagem adequadas são importantes para atrair os consumidores e garantir a qualidade e a segurança dos produtos durante o transporte e armazenamento.
    5. Uso de tecnologia:
      • Atualmente, estão sendo desenvolvidas e utilizadas tecnologias avançadas, como a agricultura de precisão, automação e robótica, para melhorar a eficiência, produtividade e sustentabilidade dos processos de colheita e pós-colheita.

    Dormência

    Período de repouso ou inatividade fisiológica em plantas perenes, comum em árvores frutíferas e vinhas.

    A dormência é um processo fisiológico que algumas sementes experimentam antes de germinar. Durante a dormência, as sementes entram em um estado de inatividade temporária que retarda sua germinação, mesmo quando as condições ambientais são favoráveis. Esse processo é crucial para garantir que a germinação ocorra no momento e local adequados para a sobrevivência da planta. Aqui estão mais detalhes sobre a dormência das sementes:

    1. Causas da dormência:
      • A dormência pode ser causada por uma variedade de fatores internos e externos, como a estrutura da cobertura da semente, a falta de luz, temperatura, umidade, presença de inibidores químicos e maturidade fisiológica da semente.
      • A estrutura da cobertura da semente pode ser impermeável à água ou ter uma dureza que impede a entrada de água e gases necessários para a germinação.
      • Algumas sementes produzem compostos químicos que inibem a germinação até que as condições ambientais sejam adequadas para o crescimento da planta.
    2. Tipos de dormência:
      • A dormência pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo de sua causa e duração.
      • A dormência física é devido à impermeabilidade ou dureza da cobertura da semente.
      • A dormência fisiológica é regulada por fatores internos, como a maturidade fisiológica da semente e a presença de inibidores químicos.
      • A dormência química ocorre devido à presença de inibidores químicos na semente.
    3. Superando a dormência:
      • A dormência pode ser superada por vários métodos, como tratamento mecânico, tratamento químico, escarificação, imersão em água, estratificação (exposição a temperaturas frias) ou exposição à luz.
      • Esses métodos ajudam a quebrar ou remover a cobertura da semente, desativar os inibidores químicos e estimular o início da germinação.
    4. Importância da dormência:
      • A dormência é um mecanismo de sobrevivência que permite às plantas sincronizar a germinação com as condições ambientais favoráveis para o crescimento e desenvolvimento da planta.
      • A dormência também pode ajudar a evitar a germinação prematura durante períodos de condições ambientais desfavoráveis, como secas ou temperaturas extremas.

    Escapamento/espigamento

    Formação e crescimento de estruturas reprodutivas em plantas de grãos, como trigo e cevada.

    O espigamento, também conhecido como espigamento, é um processo fenológico no ciclo de vida de algumas plantas, especialmente gramíneas e cereais, onde ocorre o desenvolvimento e crescimento da inflorescência, que é a estrutura que contém as flores. Aqui estão mais detalhes sobre o espigamento:

    1. Início e desenvolvimento:
      • O espigamento ocorre após a fase vegetativa da planta, quando esta completou seu crescimento em altura e começa a direcionar energia para a formação da inflorescência.
      • Durante o espigamento, ocorre a elongação do caule principal da planta, conhecido como escapo floral, e a formação da estrutura da inflorescência.
      • A inflorescência pode ter diferentes formas e tamanhos, dependendo da espécie de planta, e pode consistir em uma espiga, uma panícula, uma espigueta, entre outras.
    2. Indução floral:
      • O espigamento é regulado por uma série de fatores internos e externos, incluindo a genética da planta, a temperatura, a luz, a disponibilidade de água e nutrientes, e a presença de hormônios vegetais como as giberelinas.
      • A transição da fase vegetativa para a fase reprodutiva, conhecida como indução floral, é um passo crítico no processo de espigamento. Esse processo é influenciado pela interação de múltiplos sinais ambientais e sinais endógenos na planta.
    3. Função reprodutiva:
      • O espigamento marca o início da fase reprodutiva da planta, onde ocorrem e são liberadas as flores, que contêm os órgãos reprodutivos masculinos (estames) e femininos (carpelos).
      • A polinização das flores é crucial para a formação de sementes e o sucesso reprodutivo da planta.
      • Após a polinização e a fertilização, as flores se desenvolvem em frutos que contêm as sementes, que são essenciais para a propagação da espécie.
    4. Colheita e rendimento:
      • Em cultivos de cereais e gramíneas, o espigamento é um momento importante para determinar o potencial de rendimento da colheita, já que o número de espigas, a densidade de grãos por espiga e outros fatores influenciam a produção final de grãos.
      • A etapa de espigamento também pode ser crítica para a aplicação de práticas agronômicas, como a fertilização, o controle de ervas daninhas, a irrigação e a proteção contra doenças e pragas, para maximizar o rendimento e a qualidade da colheita.

    Florescimento pleno

    Estágio em que a maioria das flores na planta está aberta e receptiva à polinização.

    O florescimento pleno é uma etapa crucial no ciclo de vida de muitas plantas com flores, onde as flores atingem seu desenvolvimento máximo e exibem sua beleza e fragrância característica. Aqui estão mais detalhes sobre o florescimento pleno:

    1. Início do florescimento:
      • O florescimento pleno marca o ponto no ciclo de vida da planta onde os botões florais atingiram seu desenvolvimento completo e se abrem para revelar as flores maduras.
      • O início do florescimento pleno é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo a genética da planta, as condições climáticas, a disponibilidade de água e nutrientes, e a duração do dia.
    2. Desenvolvimento floral:
      • Durante o florescimento pleno, as flores mostram sua estrutura característica, que pode incluir pétalas de cores brilhantes, sépalas protetoras, estames produtores de pólen e carpelos que contêm os óvulos.
      • As flores podem variar em forma, tamanho, cor e fragrância dependendo da espécie da planta e da função reprodutiva específica da flor.
    3. Função reprodutiva:
      • O florescimento pleno é essencial para a função reprodutiva da planta, pois é durante esta etapa que ocorre a polinização e a fertilização.
      • As flores atraem os polinizadores, como insetos, aves e morcegos, com sua cor e fragrância, e fornecem néctar e pólen como recompensa.
      • A polinização bem-sucedida permite a transferência de pólen dos estames para os carpelos, levando à formação de sementes e frutos.
    4. Importância para a biodiversidade:
      • O florescimento pleno é fundamental para a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas, pois fornece alimento e abrigo para uma variedade de polinizadores e outros organismos.
      • As plantas com flores desempenham um papel crucial na polinização de culturas agrícolas, contribuindo para a segurança alimentar e a produção de alimentos.
    5. Cuidado e manutenção:
      • Durante o florescimento pleno, é importante fornecer o cuidado adequado às plantas, como rega regular, fertilização e controle de pragas e doenças, para garantir um florescimento saudável e prolongado.
      • A remoção de flores murchas e a poda adequada podem promover a produção contínua de novas flores e prolongar a temporada de florescimento.

    Início do enchimento de grãos

    Início do processo de enchimento dos grãos em plantas de cereais.

    O início do enchimento de grãos é uma etapa crítica no ciclo de vida das culturas de grãos, como milho, trigo, arroz e sorgo, onde começa o processo de acumulação de amido e outros nutrientes nos grãos em desenvolvimento. Aqui estão mais detalhes sobre esta etapa:

    1. Início do processo:
      • O início do enchimento de grãos ocorre após a polinização bem-sucedida e a fertilização das flores, quando os óvulos fecundados começam a se desenvolver em grãos.
      • Durante esta etapa, começa a divisão celular e a expansão do tecido do endosperma, que é a parte do grão que armazena os nutrientes, como amido, proteínas e lipídios.
    2. Acumulação de amido e nutrientes:
      • O processo de enchimento de grãos é impulsionado pela fotossíntese nas folhas da planta, onde são produzidos açúcares que são transportados para os grãos e convertidos em amido e outros nutrientes.
      • À medida que o enchimento de grãos avança, grandes quantidades de amido são acumuladas no endosperma do grão, o que contribui para o aumento de tamanho e peso do grão.
    3. Fatores que afetam o enchimento de grãos:
      • O enchimento de grãos é influenciado por uma variedade de fatores, incluindo a disponibilidade de luz solar, temperatura, umidade, nutrientes, genética da planta e condições ambientais.
      • Condições favoráveis, como temperaturas moderadas, umidade adequada e suprimento adequado de nutrientes, podem promover um enchimento de grãos ótimo e uma alta qualidade de colheita.
      • Fatores de estresse, como seca, calor extremo, deficiência de nutrientes ou ataques de pragas e doenças, podem afetar negativamente o enchimento de grãos e reduzir o rendimento e a qualidade da colheita.
    4. Etapas de desenvolvimento do grão:
      • O enchimento de grãos pode ser dividido em várias etapas, incluindo a fase de enchimento inicial, a fase de enchimento rápido e a fase de enchimento tardio.
      • Durante a fase de enchimento inicial, é estabelecida a base para o desenvolvimento do grão, enquanto durante a fase de enchimento rápido ocorre a maior acumulação de amido e nutrientes.
      • A fase de enchimento tardio é um período de maturação e secagem do grão, onde é completada a acumulação de nutrientes e o grão é preparado para a colheita.

    Fechamento de sulcos/fissuras

    Estágio em que os sulcos dos frutos começam a se fechar, indicando maior maturidade.

    O fechamento de sulcos ou fissuras é um fenômeno que ocorre em algumas culturas, especialmente em grãos como milho, quando as fissuras longitudinais nas vagens dos grãos se fecham durante seu desenvolvimento. Este processo é importante para garantir a integridade e a qualidade do grão. Aqui estão mais detalhes sobre o fechamento de sulcos/fissuras:

    1. Início do processo:
      • O fechamento de sulcos geralmente ocorre durante a fase de enchimento de grãos, quando os grãos estão em pleno desenvolvimento e acumulam amido e outros nutrientes.
      • À medida que os grãos se enchem e se expandem, as vagens que os envolvem podem experimentar tensões devido à pressão interna gerada pelo aumento de tamanho do grão.
    2. Mecanismo de fechamento:
      • O fechamento de sulcos é facilitado pela pressão interna exercida pelo grão em expansão, que age para fechar as fissuras nas vagens.
      • A capacidade das vagens de se fecharem adequadamente depende de vários fatores, como a elasticidade das paredes celulares da vagem, a umidade do tecido e a integridade estrutural da planta.
    3. Importância:
      • O fechamento das fendas é importante para prevenir a perda de umidade e a entrada de umidade no grão, o que poderia levar à germinação prematura, ao desenvolvimento de fungos e à decomposição.
      • Além disso, o fechamento das fendas ajuda a manter a integridade estrutural da vagem e do grão, facilitando a colheita e o armazenamento posterior.
    4. Fatores que afetam o fechamento das fendas:
      • A capacidade das vagens de fechar adequadamente pode ser afetada por uma variedade de fatores, incluindo a disponibilidade de água e nutrientes, temperatura, umidade relativa, genética da planta e condições ambientais durante o desenvolvimento do grão.
      • Condições de estresse, como seca, calor extremo, deficiência de nutrientes ou ataques de pragas e doenças, podem interferir no processo de fechamento das fendas e reduzir a qualidade do grão.

    Desenvolvimento do sistema radicular secundário

    Formação e expansão do sistema de raízes secundárias em árvores e arbustos.

    O desenvolvimento do sistema radicular secundário é uma etapa crucial no crescimento das plantas, onde as raízes primárias iniciais se ramificam e se desenvolvem em um sistema radicular mais complexo e extenso. Aqui estão mais detalhes sobre esse processo:

    1. Início do desenvolvimento:
      • O desenvolvimento do sistema radicular secundário começa depois que a plântula estabeleceu seu sistema radicular primário, que consiste na raiz primária e suas raízes laterais.
      • As raízes laterais primárias podem crescer a partir da raiz primária inicial e se estender no solo em busca de água, nutrientes e estabilidade.
    2. Formação de raízes secundárias:
      • Durante o desenvolvimento do sistema radicular secundário, as raízes laterais primárias começam a se ramificar e formar novas ramificações, conhecidas como raízes secundárias ou raízes de segunda ordem.
      • Essas raízes secundárias se ramificam ainda mais em raízes terciárias e quaternárias, criando uma rede tridimensional de raízes no solo.
    3. Funções:
      • O sistema radicular secundário desempenha várias funções importantes para a planta, incluindo:
        • Absorção de água e nutrientes do solo: As raízes secundárias fornecem uma maior superfície de absorção para captar água e nutrientes essenciais.
        • Âncora e suporte: O sistema radicular secundário fornece estabilidade e ancoragem à planta no solo, ajudando a resistir a forças como vento e chuva.
        • Armazenamento de nutrientes: Algumas raízes secundárias podem armazenar carboidratos e outros nutrientes para uso posterior durante períodos de crescimento ativo ou estresse.
    4. Fatores que afetam o desenvolvimento:
      • O desenvolvimento do sistema radicular secundário pode ser influenciado por uma variedade de fatores, incluindo a disponibilidade de água, nutrientes, oxigênio, temperatura, pH do solo e estrutura do solo.
      • Condições de estresse, como seca, solos compactados ou solos com baixa fertilidade, podem afetar negativamente o desenvolvimento do sistema radicular secundário e limitar o crescimento e o rendimento da planta.
    5. Importância para o crescimento da planta:
      • Um sistema radicular secundário bem desenvolvido é crucial para o crescimento saudável e vigoroso da planta, pois fornece um suprimento constante de água e nutrientes, estabilidade no solo e resistência ao estresse ambiental.
      • O desenvolvimento adequado do sistema radicular secundário é especialmente importante durante estágios críticos do ciclo de vida da planta, como floração, enchimento de grãos e maturação, quando são necessárias altas demandas de água e nutrientes.